domingo, 13 de dezembro de 2009

O Faxineiro e o Executivo, por Todo Hopkins


Este é um daqueles livros que se lê em poucas horas de tão leve e ao mesmo tempo, tão rico no seu conteúdo.

Um executivo passando por um período conturbado em sua vida, inícia uma conversa com o faxineiro que vai todas as 2ª feiras fazer a limpeza na sua empresa. A partir deste momento se encontram uma vez por semana na copa da empresa para tomar chá verde e bater um bom papo sobre a vida, suas dificuldades e maneiras de superá-las. Bob, o faxineiro oferece 6 diretrizes e na medida em que Roger o executivo começa a aplicar as diretrizes em sua vida, percebe as mudanças e os efeitos de pequenas atitudes.
Adorei! Simples, direto e dá o recado!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Edith Piaf - Uma vida que não foi cor-de-rosa


Neste feriado de 08/12 assisti ao filme "Piaf - Um hino ao amor" estrelado por Marion Cotillard e direção de Olivier Dahan.

Após conhecer esta história não posso deixar de postar em homenagem a esta mulher que foi um misto de fortaleza e de fragilidade.

A vida de Edith Giovanna Gassion foi marcada por grandes perdas a começar pela perda do amor de sua mãe, quando foi abandonada por esta ainda com 3 anos de idade, deixando-a aos cuidados de sua avó materna. Seu pai, tão logo voltou da guerra, sabendo disto, levou Edith para morar com a avó paterna, dona de um cabaré. Apesar do ambiente, foi neste período entre os 3 e 7 anos que Edith conheceu o amor que cuida, que trata, que acompanha, que ouve e não foi de sua avó. Conheceu este amor vindo de duas prostitutas que se apegaram a Edith e souberam fazê-la feliz apesar das dificuldades e nas condições em que viviam. Foi neste período também que Edith ficou temporariamente cega, mas mantendo os cuidados prescritos pelo médico, conseguiu voltar a enxergar.

E então, um dia seu pai voltou e levou-a embora para acompanhá-lo em seu trabalho como contorcionista num circo até que após uma discussão, demitiu-se e começou a se apresentar nas ruas em troca de algumas moedas. Um dia alguém dentre os que o observavam perguntou se a menina não fazia nada também, e diante da insistência do pai, Edith cantou e encantou a todos que a assistiram na sua modesta apresentação ainda com uma voz infantil mas que já dava sinais do que poderia vir a ser.

Alguns anos depois Edith decidiu morar só e levou consigo uma grande amiga, Simone Berteaut, conhecida como Momone. Estava agora com 15 anos e passaram-se mais dois anos até que conhecesse aquele por quem nutriu uma rápida paixão, Louis Dupont, com quem teve uma filha, Marcelle que veio a falecer aos dois anos de idade.

Esta foi mais uma perda na vida de Edith.

Já com 20 anos Edith estava cantando numa das esquinas de Paris quando foi abordada por Louis Leplée diretor do elegante cabaré Le Gerny´s. Ele pediu que Edith fizesse um teste no dia seguinte e caso aprovada passaria a se apresentar no seu cabaré e foi o que aconteceu. A partir deste momento passou a se chamar Le Môme Piaf, "a pequena pardal", ou "pardalzinho".

Leplée foi uma pessoa que marcou muito a vida de Le Môme Piaf. Foi quem primeiro acreditou no seu potencial e não escondia o seu fascínio pela voz de Edith. Foi por intermédio dele também que gravou o seu primeiro disco, mas...mais uma perda acontece, quando Leplée é assassinado e não bastasse a sua dor, durante várias semanas ficou sendo apontada como suspeita do crime ocorrido.

Quando a carreira de Edith estava despontando fazendo-a acreditar que estava vivendo um sonho, eis que a vida a sacode e a traz à realidade dura e crua.

Meses depois surge em sua vida Raymond Asso, que veio a desenvolver Edith, de tal modo que ensinou-a a gesticular, a andar, a pronunciar corretamente as palavras ao cantar e falar e até mesmo orientou-a como se vestir para se apresentar em público. Depois de algum tempo, ao perceber que Edith já estava preparada, decidiu apresentá-la no ABC, o Music Hall Parisiense de maior prestígio e naturalmente que o retorno do público foi formidável. A partir daí foram vários os discos gravados e muitas apresentações. O reconhecimento da sociedade parisiense era notório.

Em 1940, Edith conheceu o ator francês Paul Meurisse com quem se relacionou por 2 anos, e neste mesmo período Raymond Asso estava na guerra.
Paul era tido pela sociedade parisiense como um homem culto e elegante o que favoreceu a Edith tornando-a a queridinha da elite intelectual francesa.Este relacionamento chegou ao fim e iniciou um romance com Henri Contet que escreveu diversas letras que se tornaram sucessos da cantora, dentre elas, C`est Merveilleux.
Posteriormente, Edith foi amante do pianista judeu Norbert Glanzberg. Em 1944 se apaixonou pelo cantor Yves Montand. Em 1945 formaram uma dupla no filme de Marcel Bilsténe, "Etoíle sans Lumiére".
Enquanto todos estes romances foram acontencendo em sua vida, sua carreira como cantora estava indo de vento - em - popa.
Fez uma turnê pelos USA e inicialmente não foi bem aceita pelo público americano e considerou a possibilidade retornar a Paris, mas um comentário favorável de um crítico famoso demoveu-a desta decisão, mantendo a turnê que após este fato, tornou-se um sucesso. Edith Piaf conquistou finalmente a simpatia da platéia americana.
No período em que lá permaneceu conheceu duas pessoas que vieram a se tornam muito importantes em sua vida. A primeira delas foi a famosa atriz Marlene Dietrich que se tornou sua grande amiga e conheceu também Marcel Cerdan, pugilista por quem se apaixonou e que possívelmente foi o grande amor da sua vida.
Marcel era casado e tinha dois filhos e este fato constrangia edith, por esta razão procurava omitir da imprensa o que entre eles existia. Foi durante esta história de amor que Edith lançou a famosa música "La vie en rose" e a música que dedicou a Marcel, um dos seus famosos clássicos,"L`hynne à l`amour"
Ele residia em Casablanca, na África e certa vez, com saudades, Edith pediu que Marcel fosse visitá-la e ele disse que iria de navio porém, na ansiedade de revê-lo insistiu que ele viajasse de avião, pois não suportaria esperar 6 dias caso fizesse a viagem de navio. Ele atendeu a seu pedido e o avião veio a cair nos Açores. A morte de Marcel aconteceu em outubro de 1949.
Edith sentia-se culpada pela morte de Marcel.
Foi quando iníciram-se as manifestações de críses de reumatismo que passavem quando tomava doses morfina e este processo foi de tal maneira se agravando que Edith chegava a tomar mais de 10 doses diárias de morfina o que a levou à dependência da droga e à toxicomania.
Um ano após a morte de Marcel, Edith voltou aos palcos e veio a conhecer Charles Aznavour com quem manteve um caso. Depois deste, outros casos de curta duração aconteceram em sua vida até que em 1951 sofreu dois sérios acidentes de automóvel e sobreviveu, surpreendendo a todos, porém seu estado de saúde se agravou, deixando-a muito debilitada.
Em 1952 casou-se com o cantor francês Jacques Pills e viajaram para os USA, para cumprir uma turnê.
No retorno se submeteu a um sério tratamento desintoxicação para se libertar do alcóol e morfina.
Apesar dos problemas de saúde, sua voz continuava maravilhosa e pura.
Em 1958 Edith sofreu mais um acidente de carro, acompanhada de Marguerite Monnot, compositora e amiga fiel de Edith.
Contrariando conselhos médicos, insistia em se apresentar nos palcos, mesmo com dores quase insuportáveis. Chegava a tomar doses de morfina entre uma apresentação e outra até que um dia seu corpo não suportou e desmaiou diante de uma grande platéia.
Em 1960 cantou a música "Ne, je ne regrette rien" cujo autor foi Charles Dumont. Edith gostava muito desta música porque entendia que a letra da música representava tudo o que vinha sentindo, considerando sua vida passada e o que desejava para o seu futuro.
Theophanis Lamboukas foi seu último marido. Um jovem grego cabeleireiro que veio posteriormente a se apresentar com Edith, após ter recebido aulas de canto. Talvez pela juventude de Théo, pela vivacidade, Edith encontrou nele a alegria que precisava restabelecr em sua vida. Estamos em julho de 1961. Em setembro de 1962 Edith compareceu ao tradicional Olympia de Paris com para suas últimas apresentações nesta casa. Em 9 de outubro casou-se com Théo, agora com 23 anos e Edith com 46 anos.
Em março de 1963, Edith e Théo se apresentaram no palco da Ópera de Lille. O público já não era mais o mesmo. Já não vibravam como antes e muitos estavam adotando gostos musicais que em nada se assemelhava ao estilo de Edith.
Entre idas e vindas ao hospital, lutando constantemente pela equilibrio de sua saúde, e como medida de economia, mudou-se permanentemente com o seu marido Théo e o casal Bonel para Enclos de la Rorrée, uma herdade no planalto de Grasse.
Edth estava então com 48 anos, pesava 34 kgs e tinha a aparência de uma senhora de 60 anos.
Veio a falecer no dia 10 de outubo de 1963, mas os registros informam que faleceu no dia 11 de outubro de 1963.
E assim, após uma vida de grandes rupturas, intercalada por momentos de sucesso e carisma, cala-se a pequena pardal!
( Algumas informações foram extraídas do site http://www.bibi-piaf.com/)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Não conte a ninguém, por Harlan Cobem


"Não conte a ninguém"! Este é o título do livro que terminei de ler hoje e li em menos de 24 horas. O autor, Harlan Cobem desenvolveu uma trama de suspense com um pouco de aventura e sem dúvida, resultou numa excelente obra que já recebeu alguns prémios. Em 2006 foi adaptado para o cinema numa produção francesa vencedora de 4 cesars ( o Oscar francês).



Há 8 anos, enquanto comemorava o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa Elisabeth sofreram um terrivel ataque, onde ele foi golpeado e sua esposa foi raptada por um serial killer que posteriormente veio a assassiná-la.

Após 8 anos estes acontecimentos voltam à tona devido ao aparecimento de dois corpos próximos ao local onde havia acontecido a tragédia com o casal. Num curto espaço de tempo o Dr. David é acusado de assassinar sua própria esposa e precisa provar a qualquer preço que é incocente.



Bom...o que acontece daí em diante? Só lendo!



Boa leitura!

domingo, 22 de novembro de 2009

Pedindo carona


Provavelmente você já se deparou com algumas pessoas contratadas para desenvolver o trabalho de panfletagem nas esquinas ou em calçadas de maior movimento.

Para quem acompanha meu blog já percebeu que sou observadora demais!

Todos os sábados trafego por um avenida de grande movimento na cidade onde moro e em 80% das esquinas com semáforos há a presença de pelo menos três panfleteiros. Já gerenciei o setor de uma empresa que além de outros serviços, também contratava estes profissionais e conheço o perfil. Em grande parte são pessoas desempregadas e quase sempre já há alguns meses e aceitam esta tarefa porque estão precisando mesmo dessa renda, até porque, abordar, panfletar e ainda manter um sorriso nos lábios debaixo de sol a pino num calor de 38 graus não é nada fácil.

O que me angustia é que a maioria destes profissionais perde a oportunidade de se mostrar, de chamar a atenção pra si apesar de uma tarefa tão simples. Quantas pessoas passam por elas, às vezes mal humoradas com o trânsito , ou mesmo com a vida e estes panfleteiros podem ser o instrumento que os fará sorrir, que os levará a refletir que a vida é bonita, apesar das dificuldades.

Citando novamente em percentuais, em torno de 80 a 90% ( é isso mesmo) dos panfleteiros ficam parados debaixo de alguma árvore próxima ou na sombra de uma placa. Por vezes abordam apenas os 3 carros parados na primeira fileira da pista e retornam para o meio fio. Ou seja, apesar da oportunidade de emprego, executam sua função com desânimo, e possívelmente sem o esclarecimento e orientação do motivo de estarem ali e de como devem agir para melhor passar uma imagem da empresa que os contratou e de sua própria imagem.
Raramente recebi um bom dia ou um muito obrigado ao receber o material que me foi entregue.
Atualmente estou trabalhando numa grande empresa nacional e ocupo uma função onde uma das minhas atribuições é a seleção e contratação de pessoas dispostas, animadas, inteligentes e que aceitam de bom grado grandes desafios, por isso mantenho o hábito de observar como as pessoas atuam nestas tarefas, pois se percebo alguém com um perfil difrenciado, com uma abordagem simpática e criativa, entrego o meu cartão e peço que me envie o CV. O mesmo acontece em supermercados, ao observar demonstradoras que deveriam estar abordando e impulsionando a venda de produtos, porém se envolvem em conversas com outros colaboradores da loja ou mesmo com outras demonstradoras e o pior, demonstradoras de produtos concorrentes e perdem totalmente a noção do motivo pelo qual foram contratadas.

Quando estou no papel de entrevistadora, alguns candidato(a)s reclamam que o mercado não oferece muitas oportunidades. Para muitos esta justificativa pode ser verdadeira, quem sou eu para questionar, mas para outros, acredito que seja uma bengala. As pessoas têm oportunidades sim, mas nem todos as aproveitam.

Por ter passado por diversas dificuldades na trajetória da minha vida, mesmo por vezes não muito satisfeita, executei tarefas difíceis porque entendia e entendo que tudo o que precisarmos fazer será sempre um pedaço do caminho que precisa ser trilhado para chegar ao destino e por vezes a estrada é de boa qualidade mas em outros momentos é extremamente difícil de se manter nela.

Então, as oportunidades surgem e se estou disposta a sair daquele trecho mais difícil, procuro agir semelhante a alguém que está numa estrada soturna, com o carro no prego e sem saída: aceno, levanto os braços, grito, chamo a atenção sobre mim. Se fico parada, ninguém me vê e vou continuar no prego indefinidamente ou talvez até morrer de inanição.
Por isso, quando me deparo com estes profissionais contratados para tarefas temporárias e percebo tal desânimo e falta de foco, sinto vontade de dizer: Ei, aproveite essa vitrine! Apareça! Mexa-se! O que vai ser do seu futuro, só depende de você! Escolha ficar na estrada ou então peça carona!


quinta-feira, 19 de novembro de 2009


"A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro, é concentrar toda a nossa imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje. "
Dale Carnegie



domingo, 15 de novembro de 2009

Picos e Vales, de Spencer Johnson, M.D.




Estou lendo 2 livros sobre os quais venho aqui postar, tão logo os termine de ler, porém enquanto isso, deixo aqui um comentário sobre o livro Picos e Vales, de Spencer Johnson, M.D. , o mesmo autor de Quem mexeu no meu queijo?.

É um livro de conteúdo muito bom e verdadeiro, repassado num formato leve e de simples compreensão a todos que o leiam.

O livro narra as angústias de um jovem diante das adversidades de vida e da maneira como as encara até que um dia resolve conhecer um pico, já que mora num vale e quer saber se lá no alto as coisas acontecem da mesma forma que no vale.

E assim se desenrola o livro, entre os altos e baixos do jovem mais a sua caminhada de aprendizado.

Recomendo. Afinal, todos nós temos momentos de vales e de picos e é sempre bom aprendermos mais um pouco sobre como lidar equilibradamente com essas oscilações.


Boa leitura!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Observando o caminho


Sempre que posso, dou uma olhada em alguns blogs que venho seguindo. Num destes encontrei um texto sobre os desejos atendidos e da monotonia que este fato causa. O tema principal era sobre o quanto as pessoas se inquietam quando alcançam o que desejam desde o "amor da sua vida", filhos, constituição de uma familia até sua realização profissional.

Assim como a autora do texto, também conheço diversas pessoas que estão vivendo ou vivenciaram esta insatisfação.

Observo que alguns souberam, a meu ver, passar por esse período de instabilidade sem maiores danos e outros, ao contrário, tomaram decisões considerando o que estavam sentindo naquele momento e deram sérias guinadas em suas vidas e até de seus filhos e demais envolvidos.

Lembro-me que certa vez, há muitos anos atrás, um senhor já de certa idade e hoje até acrescento sem receio de errar, sábio também, me aconselhou o seguinte: "Sandra, jamais em momento algum na sua vida tome uma decisão num período de grande confusão."

Atualmente, com o que já aprendi posso afirmar que ele tinha toda a razão.

Fazendo uma analogia, seria o mesmo que um barqueiro tomar a decisão de qual direção seguir no meio de uma grande tempestade onde não conseguisse enxergar um palmo adiante do seu nariz.

Muitos podem argumentar que tomaram decisões nestas condições porque conseguiram enxergar a situação toda e tudo o que estava envolvido, mas o que dificulta a visão é o turbilhão de sentimentos. Estes precisam entrar em equilibrio para que então se consiga ver o todo.

De qualquer modo, ainda que a decisão precise ser tomada, que seja com a absoluta certeza de que foi a decisão mais acertada para que posteriormente não mvenha a sentir que "eu era feliz e não sabia".

Não sou psicóloga e de modo algum quero aqui fazer este papel. Sei muito pouco sobre a psiquê e o que sei aprendi observando.

O que desejo aqui considerar, dentro dos meus parcos conhecimentos é que, a insatisfação é algo natural no ser. Se não temos, queremos ter, se temos, logo queremos mais, mas se soubermos que esta característica é algo natural e se aprendermos a conviver com isso podemos perceber que alcançamos um maior equilibrio, dando o devido valor ao que já temos.

Isto não quer dizer que devamos nos acomodar. Entendo que quando estamos felizes temos mais condições de conseguir alcançar tantos outros desejos, do que se estivessemos insatisfeitos. O incômodo pode existir, apesar da já satisfação com o que se tem.

Percebo que o que comumente acontece é que ao se ver diante de uma insatisfação a decisão é de excluir o que o insatisfaz e buscar algo novo que o satisfaça, isso seja em que âmbito for, desde a vida pessoal até a vida profissional. Essa mesma insatisfação leva muitas pessoas a manter hábitos prejudiciais que com o tempo se tornam vícios. Tudo em busca da satisfação.

Saciar os nossos desejos é o que nos impulsiona na caminhada, porém o equilibrio se faz necessário a todo o momento. Sem isso, a caminhada transforma-se em corrida frenética e se o mais importante é observar o caminho ao caminhar , na corrida é o que se perde primeiro.








domingo, 18 de outubro de 2009

Chuva no telhado


Sempre que chove, sinto uma nostalgia. Talvez porque o barulho da chuva no telhado seja relaxante e porque o único dia em que estou em casa para ouvir o barulho da chuva no telhado, seja aos domingos.

A memória é possivelmente uma das maiores capacidades do homem. Imagine se não tivéssemos memória. Naturalmente que não nos lembraríamos de fatos amargos, dolorosos, de cenas que gostaríamos de nunca termos vivenciado, mas também não nos lembraríamos de grande parte da nossa vida recheada de momentos muito bons e muitos, que só em recordarmos nos enche os olhos de lágrimas.

Se a memória fosse seletiva, ainda assim não seria vantajoso, porque alguns fatos percebidos como dolorosos, rempos depois são percebidos como aprendizado, e passam a ter um novo sentido e tudo isso só é possível porque temos como nos lembrarmos do passado.

Interessante é quando conseguimos distorcer as nossas lembranças e até mesmo anulamos aquilo que não nos interessa.

Algumas lembranças transformam-se em cenas que nada deixam a desejar para uma boa sequência de frames num filme concorrendo ao Oscar. A cada vez que as cenas são reprisadas em nada se altera a ordem dos fatos, e até ocorre um esforço por lembrar algo mais, mas nada mais é acrescentado e assim fica a cena perpetuada. Muitas delas tornam-se tão marcantes e trágicas que valem umas boas sessões de terapia e outras tantas são relembradas constantemente pelo prazer que nos causam. Mais parece que as vivenciamos a cada vez que são lembradas.

E aqueles momentos que parecem não ter importância alguma aos olhos de outras pessoas, mas que para nós é uma lembrança impar?

Quando chove e me vem essa nostalgia, viajo até a minha infância, e revejo mais um domingo com a minha familia. Pais, avós, tios, primos, todos reunidos na casa dos meus avós, almoçando, num dia quente, úmido, o barulho da chuva, vozes em tom mais alto que o normal, gargalhadas, primos correndo em torno da mesa, o tilintar de talheres, o brinde...sempre o brinde entusiasmado, e finalmente o corre - corre para os carros, para chegar em casa e dormir a "sesta"...ainda ao som da chuva e agora, no telhado.

Tenho saudades desses momentos. Tenho saudades da vida despreocupada, desse período em que tudo era brincadeira, alegria.

Como é bom poder lembrar de tudo isso. Como é bom ter tudo isso pra lembrar.

A chuva continua caindo. Vou dormir a "sesta" ao som do tamborilar da água no telhado.

sábado, 26 de setembro de 2009

Como formar, treinar e dirigir equipes de vendas, por César Frazão


Adquiri este livro com o intuito de somar a tantas outras informações que estou reunindo para desenvolver um novo Curso em Vendas e me surpreendi com a objetividade do autor.
César Frazão aborda com muita propriedade, questões da rotina do vendedor assim como dos supervisores e gerentes e para quem ocupa um desses cargos observa que as informaç
ões são relevantes apesar de não serem desconhecidas.
Este é um daqueles livros que nos lembram do quanto por vezes estamos distantes de fazer o que é certo e do que gera resultado, apesar de conhecermos a melhor forma.
É de leitura muito rápida e contém dicas pontuais.
Sugiro que gerentes e supervisores de vendas leiam e que estes sugiram às suas equipes que também o façam, para posteriormente se reunirem, trocarem informações e quem sabe até, provocar mudanças na sua rotina e na rotina dos vendedores.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

O jogo do anjo, por Carlos Ruiz Zafón


Terminei de ler "O jogo do anjo". O autor Carlos Ruiz Zafón, espanhol, autor do best-seller "A sombra do Vento" consegue prender a atenção do leitor da primeira à última página.
O livro narra parte da vida do personagem David Martin, escritor, de orígem muito humilde e que com o seu talento consegue se tornar respeitado no jornal em que trabalha, até que a sua vida começa
a tomar um rumo para o qual não estava preparado. E será que Martin algum dia poderia estar preparado para o que lhe veio a ocorrer?
Todo esse enredo se passa na antiga Barcelona, início do século passado, e tem como parte do cenário, o Cemitério dos Livros Esquecidos.
Como o próprio autor definiu em uma entrevista à Folha: “Ler um romance é como passar férias no cérebro do autor”,
Tirem férias na cabeça do autor e depois venham postar os seus comentários aqui.
Vou gostar de saber a opinião de vocês sobre o livro.
Excelente leitura para todos.
E a propósito, estou iniciando a leitura de A sombra do Vento.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vendedor fiel, cliente fiel, por Marcelo Caetano


Mais um livro! Mais aprendizado!

O autor Marcelo Caetano, consultor em Vendas e Fidelização de clientes busca fortalecer a idéia de que a manutenção dos clientes é mais importante do que a busca por novos clientes, e que neste princípio se encontra uma das bases para a construção de uma empresa sólida, com uma carteira de clientes consumindo constantemente, mas para isso, segundo Marcelo Caetano, é importante surpreender o cliente com novidades, aumento e alterações no mix, atendimento diferenciado e
personalizado, dentre outros tantos aspectos importantes que vão resultar no objetivo maior que é o de manter o cliente satisfeito.

É um livro de leitura rápida. É sucinto, objetivo, claro e contém orientações práticas.

Gostei muito e recomendo.


domingo, 16 de agosto de 2009

Humildade nas Organizações


Admiro aquelas pessoas que normalmente são chamadas pelos outros de profissional multifuncional ou "bombril". Algumas características são comuns a estas pessoas, tais como: comprome
timento, garra, atitude, desprendimento, vontade, autoconfiança e tantos outros atributos que tornam estas criaturas tão especiais.

Creio que por isso, se destaquem em tudo o que se propõem a fazer. Buscam fazer o melhor, de maneira prática, ágil, para dar tempo de cumprir com tantas outras tarefas, porque pessoas assim não param. Esão sempre envolvidas em compromissos, assumem com diversas frentes e cumprem.

Enquanto isso, vão se divertindo fazendo o que gostam, servindo e sendo servidos, acumulando conhecimento, aumentando o networking, e deixando portas abertas pelos 4 cantos.

E daí vem a importância do que o sociólogo italiano Domenico de Masi, autor do Livro Ócio Criativo diz: "O que não vai caber no mercado é o bitolado que não enxerga além do seu ramo de atuação".

Para estes que já estão acostumados a lidar com as diferenças e mudanças, não encontrarão dificuldade em se inserirem num mercado que busca por profissionais interessados em conhecer sobre todos os setores de uma Organização ou indo mais além, interessados em conhecer sobre diversos segmentos nas diversas Organizações. Ávidos por aprender, interessados e antenados com o mercado, percebem que este comportamento é um investimento tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.

Não citei uma característica normalmente presente neste profissional e possivelmente a mais importante, pois é esta que alimenta as demais, que é a humildade.

A minha admiração por eles repousa em particular, na presença desta característica.




terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comer, Rezar e Amar, por Elizabeth Gilbert





"Comer, rezar, amar", de Elizabeth Gilbert. Este foi o último livro lido!

Liz Gilbert se divorcia, logo após se apaixona e depois deste relacionamento conturbado, decide aprender o idioma italiano, mas na Itália. Decide também se dedicar à arte da devoção, mas na India e finalmente decide buscar o equilibrio espiritual, em Bali!

Tudo indica que a autora realmente vivenciou cada minuto relatado, tal a naturalidade com que se expõe. Os fatos são contados como se estivesse escrevendo num blog, ou melhor, num diário em que poucos pudessem ter acesso. Talvez alguns poucos bem selecionados e foi assim que me senti ao ler cada página do livro.

É um livro que emociona, que faz rir, que provoca a empatia, que sugere, que anima, que leva à reflexão, além de oferecer informações interessantes sobre a cultura dos países visitados pela autora.

Alguns trechos me chamaram a atenção e estão marcados ao longo do livro, mas um em especial faço questão de transcrever aqui:

" Nós buscamos a felicidade por toda a parte, mas somos como o mendigo da fábula de Tolstoi que passou a vida sentado em cima de um pote de dinheiro,,mendigando centavos de todos os passantes, se saber que sua fortuna estava bem debaixo dele o tempo todo."

Uma excelente leitura!







sexta-feira, 17 de julho de 2009

Por um Fio, de Dráuzio Varella



Li uma indicação deste livro e tão logo pude, iniciei a leitura, que no mínimo me surpreendeu, pela simplicidade, humildade e cuidado com que o autor vai narrando fatos acontecidos ao longo da sua vida profissional e até mesmo pessoal. Momentos de decisões considerando os erros e acertos, são descritos com detalhes.

Muito me emocionou a sua percepção sobre as dores e angústias dos seus pacientes quando estes percebem que suas vidas estão por um fio. E, mais ainda é a mudança que se opera nos pacientes terminais, que diante da morte próxima, iniciam transformações em si, e bem diferente do que se imagina, estas transformações em sua maioria, são positivas, segundo o autor Drauzio Varella.

Como o autor mesmo diz num trecho do seu livro "Custei a aceitar a constatação de que muitos de meus pacientes encontravam novos siginificados para a existência ao senti-la a esvair-se, a ponto de adquirirem mais sabedoria e viverem mais felizes que antes, mas essa descoberta transformou minha vida pessoal: será que com esforço não consigo aprender a pensar e a agir como eles enquanto tenho saúde?"


Adorei o livro e indico porém com algumas reservas. Pessoas que estejam passando por períodos de depressão ou que sofram de hipocondrismo, devem evitar a leitura.

O livro é rico em detalhes sobre doenças e sua sintomatologia.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Velo muito cedo. Sábio muito tarde, por Gordon Linvingston.


A partir de hoje (13/07/09) estou acrescentando mais um tema ao blog. Quem me conhece sabe que adoro literatura e leio diversos estilos, então, a cada livro lido vou postar comentários sobre o mesmo.
E para inaugurar este novo espaço, nada como começar comentando.

Li o livro em dois dias. O autor não é conhecido e tem apenas dois livros editados.O título do livro sobre o qual comento é "Velho muito cedo. Sábio muito tarde" e o autor é o psiquiatra Gordon Linvingston, que ao longo do livro nos leva a refletir sobre os acontecimentos em nossas vidas, de como reagimos a estes, e das consequências.Também reforça a seu ver os três componentes da felicidade: algo para fazer, alguém para amar e algo para desejar. 


Gostei muito do livro. O autor demonstra muita humildade ao admitir suas fragilidades e se coloca como pessoa comum, apesar da sua formação e da sua vasta experiência com a psiquê humana.

Vale a pena ler!

domingo, 7 de junho de 2009

Medo


Tenho estado ausente do blog, e acreditem, sinto uma falta danada, mas me faltou inspiração, fazer o quê?

Às vezes os textos vem de uma só vez, sento e digito em poucos minutos.Outras vezes as idéias vão se desenhando, vou associando a alguns trechos de livros, a comentários aqui e acolá, a experiências do dia-a-dia...e então, escrevo!

Venho refletindo sobre o tema Medo. "Coincidentemente" recebi de um amigo a seguinte mensagem:

"Sature cada respiração sua com amor. O amor não conhece o medo. O medo arrasta o homem para a falsidade, a injustiça e o mal. O amor não anseia por elogio. Somente aqueles que não possuem amor anseiam por recompensa e reputação. O amor é sua própria recompensa. Quando você estiver ansioso para colocar oferendas diante de Deus, ofereça amor em vez de meros objetos materiais. O amor não é uma mercadoria; por isso, não pechinche seu custo. Deixe-o fluir puro do coração, como um fluxo de Verdade, um rio de Sabedoria. Não o deixe emanar da cabeça, nem da língua. Deixe-o emergir, pleno e livre, do coração."

Sathya Sai Baba

Nem é preciso comentar sobre a mensagem, de tão linda e verdadeira, porém como tenho pensado muito sobre Medo, a frase em negrito me chamou a atenção e é sobre isso que quero aqui comentar.

Antes de ler esta frase "O medo arrasta o homem para a falsidade, a injustiça e o mal" já havia comentado com uma amiga algo semelhante.

Vejam só, que por medo de perder o "status quo" pessoas passam por cima de valores como ética, integridade e até passam por cima de pessoas, para se manterem em seus cargos, seus empregos ou por manterem seu status;

Por medo de perderem a "estabilidade" num relacionamento, mentem , perdem a identidade deixando de lado o que são para serem o que outro deseja que sejam;

Por medo de perderem amigos fingem ter o que não têm, ser o que não são, gostarem do que de fato não gostam, ir a ambientes que não desejariam ir, conviver com pessoas de quem não gostam;

Por medo de se perderem de si mesmos, se enganam e verdadeiramente se perdem.

O medo é saudável desde que em equilibrio, como tudo!
O medo de sofrer uma agressão, um assalto é algo natural considerando que faz parte da dura realidade que encontramos no nosso dia-a-dia, então, ter medo nos leva a manter certos cuidados para que resguardemos a nossa vida, o nosso bem estar, porém um medo exacerbado que nos leva a reagir agressivamente a qualquer aproximação deixa de apresentar traços de um medo equilibrado.
Assim entendo que seja em relação a qualquer outro medo que tenhamos.
Medo de perder a estabilidade de um emprego é natural e nos direciona a trabalhar por resultados, chegando mesmo a nos dar um toque motivacional e esta reação é positiva a nós mesmos e a todas as pessoas que trabalham em nosso redor;

E assim, todos os demais medos podem somar para as nossas vidas, desde que tenhamos sempre em conta a manutenção do equilibrio , caso contrário, os medos só tornarão realidade aquilo que até então era somente sentimento.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A que viemos?


Certa vez, aborrecida com algumas atitudes mesquinhas, criei uma comunidade no orkut, intitulada "Dinheiro desmascara pessoas". Se há uma maneira simples de conhecer o caráter das pessoas é observar o comportamento delas com e sem dinheiro e a reação delas diante das oscilações que o dinheiro lhes provoca.

Essas oscilações não me decepcionam já há alguns anos, porém muito me impressiona quando me deparo com pessoas que sabem manter o caráter, humildade e dignidade perante esses percalços, tal a raridade de encontrá-los.

Fico penalizada diante daqueles que mesmo tendo vivido uns bons longos anos, ainda não tenham conseguido perceber que levaram uma vida toda brigando por algo que não poderão levar consigo.

Às vezes chego a pensar que a busca pelo poder, pelo dinheiro é uma fuga de si mesmo. Enquanto se distraem ( e que distração) nessa corrida, não há tempo pra olharem pra dentro.

A vida vai passando e mais distantes ficam do sentido de viver.

Que ironia! Vivos que não vivem! E quando morrerem por quanto tempo permanecerão vivos na memória dos que ficam?

A que vieram?


domingo, 19 de abril de 2009

A Fórmula


Após alguns longos anos de observação e muita leitura, posso afirmar e, sem receio de errar, que fórmulas reais, só mesmo aquelas que envolvem uma boa ciência exata.Quando se fala em seres humanos, e aí envereda-se para a ciência humana..."o buraco é mais em baixo".

Gosto de literatura de auto-ajuda. Já li e ainda leio diversos livros de autores que encontraram a fórmula para uma série de assuntos problemáticos do ser.

Encontraram mesmo? Se assim fosse, fácil seria superar qualquer dificuldade emocional. Os terapeutas estariam "quebrados".
Naturalmente que a experiência pessoal dos autores é importante, mas não mais importante quanto a experiência e percepção de um amigo que decide se abrir comigo, tomando um bom café, num final de tarde.
Leio um destes com o interesse de buscar conhecer experiências diversas às minhas.Não busco fórmulas, nem soluções rápidas. O que é solução para uns, não é solução pra mim e vice-versa.
Porém, somando-se as diversas informações, consigo formar uma boa massa critica, que é sempre bem vinda.
Conheço muitas pessoas que se incomodam em assumir que gostam deste estilo de literatura.
É mais uma oportunidade que surge, de observá-los.Tento perceber o que pode haver por trás dessa atitude.Entendo que muitos autores apelam, a tal ponto que chegam a cair no ridiculo, mas em contrapartida, há autores que desenvolvem muito bons textos, geradores de bons "insights".
É tão desconfortável assim se deparar com as angústias do próximo e perceber que são tão semelhantes as nossas? Ou será que não precisam conhecer mais nada sobre o que gira e acontece em torno de sí?
Sabe-se lá!Repito...não há fórmulas. Não conhecemos quase nada do outro para chegar a definir os motivos disso ou daquilo.
Quantas vezes levamos até alguns anos para entendermos as nossas decisões tomadas? E chega alguém tão prepotente querendo saber mais sobre o que nem nós sabiamos.
Literatura, seja qual for o estilo, desde auto-ajuda, até ficção, épicos e por aí vai...., todo o conteúdo tem orígem na percepção do autor e de como ele vê o que acontece dentro e em torno dele.

Gostaria de poder deixar como herança alguma fórmula de como ser feliz, de como alcançar o sucesso, ou mesmo de como criar filhos perfeitos, mas o gostoso da vida é a constante busca pela FÓRMULA!


domingo, 22 de março de 2009

Vida,minha vida!


O viver é algo simplesmente maravilhoso. É maravilhoso até mesmo quando desejaríamos não estar vivendo. Quem nunca sentiu uma vontade enorme de sumir, de dar um fim naquele momento ?

Quando se chega a um ponto dela, em que passamos a ter não somente a visão macro, mas a visão micro, é quando sinto que ela se torna vida, na sua essência. Deixamos de passar por ela. Começamos a tomar pé do sentido real e tudo o mais passa a ter muito sentido . E aqueles momentos em que no passado, desejávamos ter sumido, ou não ter sequer nascido, foram essenciais para o atual entendimento.

Algumas coisas perdem o valor e outras tornam-se muito valiosas, e o melhor de tudo é perceber que o mais valioso já estava presente em nossas vidas. Estavam ali o tempo todo.

E sabe o que mais? Quando acontece essa consciência, essa retomada de valores, tudo o mais que vinhamos buscando ao longo da vida de forma frenética, vem agora, naturalmente parar em nossas mãos.
Isso me faz lembrar uma frase que li em algum lugar..."Enquanto estamos vivendo em função do futuro, esquecemos de viver o presente".

E para finalizar, uma outra frase:
“A vida é mais fantástica do que qualquer fantasia.”
(Dostoievski)


domingo, 1 de março de 2009

Falência do Eu?

Sou muito observadora e passo muito do meu tempo analisando o comportamento das pessoas. Claro que nessa análise me faltam dados. Tenho apenas a fotografia do que vejo. O ideal seria conseguir alcançar tudo o que está envolvido para chegar a uma análise mais justa.Ao observar e analisar o comportamento de terceiros, procuro absorver aprendizado pra mim.
Já faz muitos anos que superei a fase do "Então tá, deixa eu quebrar a cara". Percebi que posso aprender com a experiência daqueles que me cercam e por vezes daqueles que estão distantes, tão distantes que os conheça só por meio de conteúdos literários ou meios virtuais.

Andei postando no blog logo abaixo uma frase de Nietzsche.Gosto dela pela força e grande conteúdo que nela se encerra. "Torna-te quem tu és!"
Ora vejam só...quão difícil é tornar-se quem se é. Então, voltando às minhas observações sobre o comportamento, a cada dia mais percebo que as pessoas estão desfocadas deste fato, e com isso, perde-se a razão pela qual estamos aqui. Permitimos que a sociedade se interponha entre o que somos verdadeiramente e o que precisamos ser para que sejamos aceitos. E, ao percebermos talvez tenhamos nos distanciado tanto do que somos que ao final de nossas vidas, depois de adquirir tanta experiência, queiramos resgatar o nosso eu, mas será tarde, possivelmente trabalhoso demais, doloroso e angustiante. Será a falência do eu.
Dizem que morremos a cada dia e de fato, morremos, pois a cada dia mais próximos estamos de partir, porém, pouco pensamos sobre isso e esta é mais uma razão que me leva a refletir sobre buscar a todo o tempo me tornar quem sou, ou seja, viver todos os momentos de forma coerente com as minhas crenças e meus sentimentos. Venho me dedicando a isso há alguns anos, e assim como num processo de "concordata", iniciei com uma reestruturação, redefinição de missão, visão, alterei meus objetivos de acordo com as minhas paixões, redefini metas e apliquei um downsizing, mantendo próximo apenas aqueles que são fundamentais para o crescimento e alcance de meus objetivos pessoais e profissionais.Parece um pouco frio e racional demais, porém necessário. Afinal, estou num processo de resgate e manutenção do meu Eu.