domingo, 13 de dezembro de 2009

O Faxineiro e o Executivo, por Todo Hopkins


Este é um daqueles livros que se lê em poucas horas de tão leve e ao mesmo tempo, tão rico no seu conteúdo.

Um executivo passando por um período conturbado em sua vida, inícia uma conversa com o faxineiro que vai todas as 2ª feiras fazer a limpeza na sua empresa. A partir deste momento se encontram uma vez por semana na copa da empresa para tomar chá verde e bater um bom papo sobre a vida, suas dificuldades e maneiras de superá-las. Bob, o faxineiro oferece 6 diretrizes e na medida em que Roger o executivo começa a aplicar as diretrizes em sua vida, percebe as mudanças e os efeitos de pequenas atitudes.
Adorei! Simples, direto e dá o recado!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Edith Piaf - Uma vida que não foi cor-de-rosa


Neste feriado de 08/12 assisti ao filme "Piaf - Um hino ao amor" estrelado por Marion Cotillard e direção de Olivier Dahan.

Após conhecer esta história não posso deixar de postar em homenagem a esta mulher que foi um misto de fortaleza e de fragilidade.

A vida de Edith Giovanna Gassion foi marcada por grandes perdas a começar pela perda do amor de sua mãe, quando foi abandonada por esta ainda com 3 anos de idade, deixando-a aos cuidados de sua avó materna. Seu pai, tão logo voltou da guerra, sabendo disto, levou Edith para morar com a avó paterna, dona de um cabaré. Apesar do ambiente, foi neste período entre os 3 e 7 anos que Edith conheceu o amor que cuida, que trata, que acompanha, que ouve e não foi de sua avó. Conheceu este amor vindo de duas prostitutas que se apegaram a Edith e souberam fazê-la feliz apesar das dificuldades e nas condições em que viviam. Foi neste período também que Edith ficou temporariamente cega, mas mantendo os cuidados prescritos pelo médico, conseguiu voltar a enxergar.

E então, um dia seu pai voltou e levou-a embora para acompanhá-lo em seu trabalho como contorcionista num circo até que após uma discussão, demitiu-se e começou a se apresentar nas ruas em troca de algumas moedas. Um dia alguém dentre os que o observavam perguntou se a menina não fazia nada também, e diante da insistência do pai, Edith cantou e encantou a todos que a assistiram na sua modesta apresentação ainda com uma voz infantil mas que já dava sinais do que poderia vir a ser.

Alguns anos depois Edith decidiu morar só e levou consigo uma grande amiga, Simone Berteaut, conhecida como Momone. Estava agora com 15 anos e passaram-se mais dois anos até que conhecesse aquele por quem nutriu uma rápida paixão, Louis Dupont, com quem teve uma filha, Marcelle que veio a falecer aos dois anos de idade.

Esta foi mais uma perda na vida de Edith.

Já com 20 anos Edith estava cantando numa das esquinas de Paris quando foi abordada por Louis Leplée diretor do elegante cabaré Le Gerny´s. Ele pediu que Edith fizesse um teste no dia seguinte e caso aprovada passaria a se apresentar no seu cabaré e foi o que aconteceu. A partir deste momento passou a se chamar Le Môme Piaf, "a pequena pardal", ou "pardalzinho".

Leplée foi uma pessoa que marcou muito a vida de Le Môme Piaf. Foi quem primeiro acreditou no seu potencial e não escondia o seu fascínio pela voz de Edith. Foi por intermédio dele também que gravou o seu primeiro disco, mas...mais uma perda acontece, quando Leplée é assassinado e não bastasse a sua dor, durante várias semanas ficou sendo apontada como suspeita do crime ocorrido.

Quando a carreira de Edith estava despontando fazendo-a acreditar que estava vivendo um sonho, eis que a vida a sacode e a traz à realidade dura e crua.

Meses depois surge em sua vida Raymond Asso, que veio a desenvolver Edith, de tal modo que ensinou-a a gesticular, a andar, a pronunciar corretamente as palavras ao cantar e falar e até mesmo orientou-a como se vestir para se apresentar em público. Depois de algum tempo, ao perceber que Edith já estava preparada, decidiu apresentá-la no ABC, o Music Hall Parisiense de maior prestígio e naturalmente que o retorno do público foi formidável. A partir daí foram vários os discos gravados e muitas apresentações. O reconhecimento da sociedade parisiense era notório.

Em 1940, Edith conheceu o ator francês Paul Meurisse com quem se relacionou por 2 anos, e neste mesmo período Raymond Asso estava na guerra.
Paul era tido pela sociedade parisiense como um homem culto e elegante o que favoreceu a Edith tornando-a a queridinha da elite intelectual francesa.Este relacionamento chegou ao fim e iniciou um romance com Henri Contet que escreveu diversas letras que se tornaram sucessos da cantora, dentre elas, C`est Merveilleux.
Posteriormente, Edith foi amante do pianista judeu Norbert Glanzberg. Em 1944 se apaixonou pelo cantor Yves Montand. Em 1945 formaram uma dupla no filme de Marcel Bilsténe, "Etoíle sans Lumiére".
Enquanto todos estes romances foram acontencendo em sua vida, sua carreira como cantora estava indo de vento - em - popa.
Fez uma turnê pelos USA e inicialmente não foi bem aceita pelo público americano e considerou a possibilidade retornar a Paris, mas um comentário favorável de um crítico famoso demoveu-a desta decisão, mantendo a turnê que após este fato, tornou-se um sucesso. Edith Piaf conquistou finalmente a simpatia da platéia americana.
No período em que lá permaneceu conheceu duas pessoas que vieram a se tornam muito importantes em sua vida. A primeira delas foi a famosa atriz Marlene Dietrich que se tornou sua grande amiga e conheceu também Marcel Cerdan, pugilista por quem se apaixonou e que possívelmente foi o grande amor da sua vida.
Marcel era casado e tinha dois filhos e este fato constrangia edith, por esta razão procurava omitir da imprensa o que entre eles existia. Foi durante esta história de amor que Edith lançou a famosa música "La vie en rose" e a música que dedicou a Marcel, um dos seus famosos clássicos,"L`hynne à l`amour"
Ele residia em Casablanca, na África e certa vez, com saudades, Edith pediu que Marcel fosse visitá-la e ele disse que iria de navio porém, na ansiedade de revê-lo insistiu que ele viajasse de avião, pois não suportaria esperar 6 dias caso fizesse a viagem de navio. Ele atendeu a seu pedido e o avião veio a cair nos Açores. A morte de Marcel aconteceu em outubro de 1949.
Edith sentia-se culpada pela morte de Marcel.
Foi quando iníciram-se as manifestações de críses de reumatismo que passavem quando tomava doses morfina e este processo foi de tal maneira se agravando que Edith chegava a tomar mais de 10 doses diárias de morfina o que a levou à dependência da droga e à toxicomania.
Um ano após a morte de Marcel, Edith voltou aos palcos e veio a conhecer Charles Aznavour com quem manteve um caso. Depois deste, outros casos de curta duração aconteceram em sua vida até que em 1951 sofreu dois sérios acidentes de automóvel e sobreviveu, surpreendendo a todos, porém seu estado de saúde se agravou, deixando-a muito debilitada.
Em 1952 casou-se com o cantor francês Jacques Pills e viajaram para os USA, para cumprir uma turnê.
No retorno se submeteu a um sério tratamento desintoxicação para se libertar do alcóol e morfina.
Apesar dos problemas de saúde, sua voz continuava maravilhosa e pura.
Em 1958 Edith sofreu mais um acidente de carro, acompanhada de Marguerite Monnot, compositora e amiga fiel de Edith.
Contrariando conselhos médicos, insistia em se apresentar nos palcos, mesmo com dores quase insuportáveis. Chegava a tomar doses de morfina entre uma apresentação e outra até que um dia seu corpo não suportou e desmaiou diante de uma grande platéia.
Em 1960 cantou a música "Ne, je ne regrette rien" cujo autor foi Charles Dumont. Edith gostava muito desta música porque entendia que a letra da música representava tudo o que vinha sentindo, considerando sua vida passada e o que desejava para o seu futuro.
Theophanis Lamboukas foi seu último marido. Um jovem grego cabeleireiro que veio posteriormente a se apresentar com Edith, após ter recebido aulas de canto. Talvez pela juventude de Théo, pela vivacidade, Edith encontrou nele a alegria que precisava restabelecr em sua vida. Estamos em julho de 1961. Em setembro de 1962 Edith compareceu ao tradicional Olympia de Paris com para suas últimas apresentações nesta casa. Em 9 de outubro casou-se com Théo, agora com 23 anos e Edith com 46 anos.
Em março de 1963, Edith e Théo se apresentaram no palco da Ópera de Lille. O público já não era mais o mesmo. Já não vibravam como antes e muitos estavam adotando gostos musicais que em nada se assemelhava ao estilo de Edith.
Entre idas e vindas ao hospital, lutando constantemente pela equilibrio de sua saúde, e como medida de economia, mudou-se permanentemente com o seu marido Théo e o casal Bonel para Enclos de la Rorrée, uma herdade no planalto de Grasse.
Edth estava então com 48 anos, pesava 34 kgs e tinha a aparência de uma senhora de 60 anos.
Veio a falecer no dia 10 de outubo de 1963, mas os registros informam que faleceu no dia 11 de outubro de 1963.
E assim, após uma vida de grandes rupturas, intercalada por momentos de sucesso e carisma, cala-se a pequena pardal!
( Algumas informações foram extraídas do site http://www.bibi-piaf.com/)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Não conte a ninguém, por Harlan Cobem


"Não conte a ninguém"! Este é o título do livro que terminei de ler hoje e li em menos de 24 horas. O autor, Harlan Cobem desenvolveu uma trama de suspense com um pouco de aventura e sem dúvida, resultou numa excelente obra que já recebeu alguns prémios. Em 2006 foi adaptado para o cinema numa produção francesa vencedora de 4 cesars ( o Oscar francês).



Há 8 anos, enquanto comemorava o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa Elisabeth sofreram um terrivel ataque, onde ele foi golpeado e sua esposa foi raptada por um serial killer que posteriormente veio a assassiná-la.

Após 8 anos estes acontecimentos voltam à tona devido ao aparecimento de dois corpos próximos ao local onde havia acontecido a tragédia com o casal. Num curto espaço de tempo o Dr. David é acusado de assassinar sua própria esposa e precisa provar a qualquer preço que é incocente.



Bom...o que acontece daí em diante? Só lendo!



Boa leitura!