sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

O preço da autenticidade

Estava um dia destes pensando sobre como não é fácil ser uma pessoa autêntica. Se fosse fácil, todos seriam. Vivenciar a autenticidade é natural para quem é autêntico. O difícil é suportar as consequências porque a sociedade de um modo geral não aceita com bons olhos as atitudes de uma pessoa que se expressa com simplicidade e sem rodeios. Diante de uma expressão natural, uma simples gargalhada, as pessoas olham de soslaio e observando atentamente é capaz de se conseguir ler um letreiro em suas testas " Como ousa agir assim?". A ação natural, franca, lembra ao outro o quanto ele está distante de ser e de se sentir assim, livre para dizer e demonstrar o que sente. Mais se preocupa com as opiniões dos outros do que com a opinião que tem de si. É uma pena! Percebo que muitas pessoas que chegam à idade mais madura e se vêem cada vez mais próximos de uma partida, se dão o direito de serem autênticos. "Me dou o direito", muitos até afirmam com estas palavras, como se algum dia lhe tivessem tirado o direito de ser quem é. Nietzsche disse:" Torna-te quem tu és!" Eu acrescentaria à frase de Nietzsche (que audácia), "para viveres livremente." É bem provável que muitos escravos tenham vivido livremente e muitos homens livres estejam até então vivendo aprisionados aos pré- conceitos que a sociedade impõe. A autenticidade é a expressão da liberdade mediante as amarras invisíveis atadas pelo mundo.

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